quarta-feira, dezembro 15, 2010

Sacolas cheias de Natal

       Hi there, I'm Grinch. Ou pelo menos tô me sentindo meio Grinch ultimamente.


       Fui no Google procurar por propagandas da época de Natal, e são tantas que eu simplesmente não consegui escolher a pior, a mais extraviada, a mais alienada da razão de existir o Natal. Provavelmente vocês já estão extremamente cansados desse papo do verdadeiro sentido do Natal e blá blá blá, então fechem a janela deste blog ou leiam até o final, porque se há uma palavra que defina o meu estado de espírito para o Natal deste ano, essa palavra seria uma: REVOLTS. -risos


       Encontro-me revoltado com o Natal vivido por quase todos os seres humanos que comungam o mesmo planeta que eu. E você, meu leitor, é com quase certeza um deles. Por que razão leria um blog sobre inteligentes futilidades? Na verdade, o próprio título desse blog é uma paradoxal futilidade, já pelo fato de não haver inteligência em ser fútil.


       Frivolidade. Futilidade. É esse o problema dos pais dos adolescentes, dos adultos que moram sozinhos, dos adolescentes e das crianças que estão sendo criadas nesse mar de incoerência. Isso, incoerência. Entretanto, tal incoerência é assunto para outro momento. Por ora, vamos ficar com minha revolta natalina, que a cada tecla teclada aumenta, ao ponto de querer explodir de dentro de mim.


       Tudo começou quando, voltando pra casa, eu vi um outdoor anunciando uma nova promoção de Natal. E sabe o que tinha no centro da imagem? Um PINGÜIM! A partir daquele momento a revolta se iniciou em meu coração. Andei comentando sobre a minha revolta pra um amigo meu, e ao falar que tudo começou devido àquele pingüim, ele me perguntou: "Que que tem a ver?". Justamente! O que diabos tem um pingüim a ver com o Natal? E depois, por que as promoções? Por que existe Papai Noel? Por que existem milhares de qualquer coisa pra gente fazer e se preocupar, quando Natal significa nascimento, e o nascimento a que nos referimos é o nascimento de Jesus Cristo, um certo homem que foi extremamente humilde, cujos presentes ofertados à humanidade tinham um preço: o próprio sacrifício pessoal dele. Ele não gastou um centavo com as pessoas a quem presenteou, no entanto suas ações perpetuaram 2010 anos desde seu nascimento, influenciaram pessoas, países, guerras, paixões, enfim: montanhas foram movidas em nome do Filho do Homem que desceu do trono divino, seu por direito, para servir o mundo com suas próprias mãos!


       E agora podem por favor me dizer quem começou com essa idéia de Papai Noel e presentes e promoções e muitas compras e stress e esquecimento e PINGÜINS ? Acordem! Essa vida é só uma, e é muito pouco tempo pra gente gastar pensando que presentes inúteis e caros e infinitas prestações vão te trazer muito amor, paz, saúde, prosperidade e, principalmente, felicidade. Não, meus colegas, eu lhes afirmo que não! Vão trazer, no entanto, muito stress, contas, juros e juros e, no final... bem, o que sobra no final? Talvez você tenha tido uma ótima ceia, tenha sido legal conversar com os parentes distaaantes que você não vê há séculos... e isso é bom, claro. Sim, no fim, quando as luzes se apagam e a música acaba, a gente percebe que a alegria real que sentimos não foi abrindo outra caixa de presente, mas vendo vovó, aquele primo que é gente fina pra caramba e eu tinha vergonha de ir falar com ele, de reencontrar aquela tia, e de ter simplesmente uma ótima noite com todos eles; isso é o que vai ficar na memória daqui a uns, quem sabe, setenta anos?, quando a gente estiver moribundo, numa cama, e aqueles presentes e malditas prestações estiverem a muuuito tempo perdidos...



"Graças a Deus pelo seu dom inefável." 2 Cor. 9:15
inefável: Que não se pode expressar por palavras.
                                                          Thiago Gomes.

domingo, dezembro 12, 2010

''... e não se esqueça de fazer tudo que pedir esse seu coração.''

            Sabe, sei que não me mandaste escrever nada. Sei que fui um louco, um insensato de acreditar que o sol poderia animar-se, que o mármore seria capaz de aquecer-se. Mas que quer, senhora-dona? Quando amamos, acreditamos no amor; além do mais, esta carta não será de toda perdida, uma vez que tenho a certeza de que irás lê-la!
            Mas responda-me, senhora: Onde encontrará um amor como o meu, um amor que nem o tempo, nem a ausência, nem o desespero de não tê-la em meus braços conseguiram extinguir; um amor que se contenta com um olhar, uma palavra ou a fita bege caída que lhe envolve os cabelos? Quer que eu diga como se vestia na primeira vez que a vi? Quer que lhe enumere cada um de seus adornos? Parece ainda que te vejo: estava sentada no banco da parada coletiva, trajando farda de poliéster e viscose, às pernas calça jeans azul-escura e aos pés, tênis preto com detalhes em rosa; à cabeça, um ornamento que amarrava os cabelos e às orelhas, meu deus, um parafuso de 5 centímetros extremamente esplendoroso. Fecho os olhos e a revejo tal qual a vi; torno a abri-los e vejo-a tal como está agora, cem vezes mais bela!
            E se a senhora pensa que é loucura viver alimentando toda esta paixão com tantas recordações, digo-lhe: elas são a minha felicidade, a minha riqueza, a minha ESPERANÇA! Cada recordação é um diamante que guardo em meu coração e o último que guardei foi o único toque de lábios que tivemos no dia 29 de maio deste ano. Por sinal, deixe-me descrever essa noite tão feliz, mas tão cruel: lembra-se de como estava bela e provocante? Que ar suave e perfumado trazia-te até mim, que céu estrelado iluminava nossas cabeças! Via-te ao longe junto a sua amiga, parecias correr de mim. Ao correr ao teu encontro, brilham-se meus olhos ao encontrarem-se com os seus, apontando para seu vívido sorriso. Tento beijar-te, mas nega-me a sensação de desejo maior, deixo-te ir. Mais tarde, dentro do local, encontro-te à minha frente com uma água fronte a teu rosto, agindo como uma barreira e, após dois ou três tempos, olhas para os lados e tasca-me um selo nos lábios. Naquele momento, fui o mais feliz dos mortais, acabando por quase enlouquecer.
            O que desejei dizer-lhe após aquilo seria quase que criminoso! Talvez a influência e o encanto daquela noite iludiram-me completamente ao saber do que eu viria saber depois...
            Sim, pensaste em escapar-me voltando para fora, mas eu não ousaria abandonar o tesouro cuja guarda meu coração me confiara. Ah! Que me importam os tesouros do mundo e os presentes oferecidos, arriscaria minha vida para vê-la um segundo, mesmo que neste sequer tocaste-lhe a mão. Constantemente venho deduzindo erroneamente, ouvindo e interpretando mal suas afirmações, fazendo desentoar o canto que pode atingir o timbre mais suave e excitante que já existiu.
            Sei que me ama, senhora! Certamente que sim. Por que Deus lhe daria os mesmos sonhos que me dá se não tu não me amaste? Teríamos os mesmo pressentimentos se as nossas vidas não estivessem ligadas pelo coração? Sei que me ama! Choraria por minha partida, se acontecesse? Então, tenho-lhe uma última coisa a dizer: se a morte não me abater, tornarei a vê-la no dia doze, dos namorados, nem que para isso tenha que vencer o mundo...

Cegamente apaixonado,
André Monteiro.

É, senhora, depois de tudo... cá estou, como estou e como sou:

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Que venham as tempestades!


"No pressure, no diamonds".
Sem pressão, sem diamantes.
-Mary Case
James del Bonde.
(Os diamantes sintéticos são fabricados em pressões extremamente elevadas, por volta de 58 mil vezes a pressão atmosférica. É como se uma enorme montanha "estivesse sobre o diamante e o grafite e isto gera um calor imenso". Fonte: http://hypescience.com/182203-como-fabricar-diamantes/)

Mafaldados términos de um sábado-a-noite

   
Eu devia ter posto essa charge naquele post "Árvores, aviões, canetas espaciais e nós mesmos", mas esqueci. Aí uma de nossas assíduas leitoras me lembrou dessa charge e resolvi postá-la. 


E pra não perder o costume, aqui vão algumas outras poucas palavras: não desperdice a felicidade que está na sua frente. Ela se encontra nas coisas mais simples: jogar War com sua mãe no fim da tarde, passar a noite comendo chocolate e assistindo filme com seus pais, brincar com seus irmãos, ir andar de bicicleta com eles. Coisas assim. E não aquela festa que vai ter bebida e mulé/hôme que só o inferno!


J.B.