quarta-feira, outubro 27, 2010

Árvores, aviões, canetas espaciais e nós mesmos

O que eu decidi postar hoje é baseado no discurso de um cara chamado Dieter F. Uchtdorf (cujos textos eu recomendo!). Na verdade, o que eu vou escrever aqui é um resumo do que ele escreveu, não é nada meu, não. Pra quem quiser ver o texto na íntegra, clique aqui

Acho que os posts vão começar a tender pra esse lado mais sério, na medida do possível, é claro. Tem essa coisa dentro de mim, essa vontade de gritar pro mundo as verdades que eu sei serem corretas e que vão nos ajudar significativamente a... a viver. E por que não escrever sobre elas? Então aqui tô eu. Se esse texto ajudar um só que seja, bem, meu tempo perdido aqui não vai ser mais perdido, vai ser aplicado, investido.

Ok... Uchtdorf começa explicando um pouco sobre as árvores. Pra quem não sabe, as árvores crescem a um ritmo normal quando as condições do ambiente são favoráveis, ou seja, quando há água e nutrientes suficientes para um crescimento saudável. No entanto, quando as condições não são favoráveis, e há a falta de substâncias necessárias para um crescimento normal, "as árvores diminuem seu crescimento e concentram sua energia nos elementos básicos necessários à sobrevivência". 

Mais tarde ele dá um outro exemplo de uma situação semelhante: sabe as turbulências que ocorrem durante um vôo de avião? A causa mais comum para sua ocorrência é uma "súbita mudança no movimento do ar, fazendo com que a aeronave sacuda, balance e gire". Os aviões são construídos para suportar turbulências bem maiores do que as que normalmente acontecem, mas mesmo assim isso ainda gera desconforto aos passageiros. Um piloto inexperiente provavelmente acha que, para passar por uma turbulência, é bom aumentar a velocidade do avião, pra que assim a turbulência passe logo. Os pilotos profissionais, por outro lado, sabem que há uma velocidade perfeita para passar pela turbulência, e na maioria dos casos, isso significa diminuir a velocidade. "O mesmo princípio se aplica às lombadas da estrada".

"Portanto, é um bom conselho desacelerar um pouco, firmar o curso e concentrar-se nas coisas essenciais ao se enfrentar condições adversas."

Acho que vocês já perceberam onde eu quero chegar com tudo isso, ainda mais com o último parágrafo aí de cima. Maaas, sem nunca perder a chance de um bom exemplo, aqui vai mais um: quando os primeiros astronautas chegaram ao espaço, perceberam que suas canetas esferográficas não funcionavam mais. Dessa forma, milhões de horas e de dólares foram empregados para finalmente desenvolver uma caneta que escreve em praticamente qualquer lugar, superfície e temperatura. Aí Uchtdorf pergunta: "Mas, como os astronautas e cosmonautas se viraram até que o problema fosse resolvido?" Bem, galera, eles usaram um lápis. Um lápis. Lápis.

“Atribui-se a Leonardo da Vinci o dito de que “a simplicidade é a sofisticação suprema”.

No mundo em que nós vivemos, em nossa vida diária, no nosso dia-a-dia, é muito fácil ficarmos atarefados e com nossa agenda sempre cheia. É fato de que cada dia acaba sendo mais corrido do que o anterior, e a gente acaba entrando nesse ciclo vicioso, alimentando o sistema, buscando coisas que deveriam saciar o nosso apetite, mas que acabam nos deixando mais vazios, mais ocos. Esse hedonismo infindo que reina hoje é pregado por nós mesmos e pelas pessoas ao nosso redor, incentivado pela indústria da mídia, da moda, do consumo... pra onde quer que a gente olhe há coisas que supostamente nós devemos correr atrás, e no entanto são coisas que, no final, não servem pra nada, pra nada mesmo, pois nossa família continua sem ser família, continuamos a ser estranhos debaixo do mesmo teto. Essa suposta felicidade encontrada nas compras, nas festas etc. é uma felicidade-momento, felicidade essa que se esvai completamente quando a música acaba e as luzes se apagam. E, ao chegar em casa, parece que outro pedaço foi arrancado de você, e que agora você tá mais vazio do que antes daquela garota, daquela garrafa, dessas coisas aí que a gente procura tanto pra não achar nada. Nas palavras de titio Ucht, "Acho que a maioria de nós compreende intuitivamente quão importantes são os fundamentos. Mas simplesmente nos distraímos, às vezes, com inúmeras coisas que nos parecem mais emocionantes".

Galera, "bem faríamos em reduzir um pouco nosso ritmo, prosseguir a uma velocidade ideal as nossas circunstâncias, concentrar-nos no que é significativo, erguer os olhos e ver realmente as coisas que mais importam", como diria Uchtdorf. Portanto, é como foi dito mais acima,  "é um bom conselho desacelerar um pouco, firmar o curso e concentrar-se nas coisas essenciais". 


É isso por hoje. Vou indo, senão me atraso pra aula. Dêem uma olhada no texto original, é muito bom mesmo.

James do Bonde.


4 comentários:

Perplex disse...

muito bom :)

musa do verão2010 disse...

Gosto de ler textos que, digamos assim... nos edificam. Acho que tenho muita coisa pra refletir agora (: Legal a preocupação de abrir os olhos de tanta gente bobona que ta perdendo tempo com coisas pequenas.

Marília disse...

Realmente, acho que isso tem tudo a ver com a maioria esmagadora da população(inclusive eu). É bom refletir de vez em quando!

João Victor Alves disse...

É James, realmente a humanidade está perdendo o foco, tendo como pseudoverdades coisas sem valor, que não engrandecem. As pessoas deveriam se focar em verdades que engrandecem, constroem, e não em coisas banais, de prazer momentâneo, que só fazem afundarmos mais ainda no "buraco". Gostei muito do tópico. Está de parabens (: